terça-feira, 26 de abril de 2011

MASCOTES





O mascote do Fluminense é o Cartola, cuja escolha está longe de simbolizar alguns dirigentes desonestos de hoje que usam seus clubes como trampolins sociais. O Cartola, mascote do Fluminense, objetiva mostrar a ligação do Fluminense com a nobreza e a fidalguia brasileiras. É um cartola que usa fraque, traje que denotava refinamento, porque era fino, de educação superior e que só aceitava vencer em respeito às regras preestabelecidas. Esse Cartola é, sem dúvida, a mais perfeita síntese Tricolor. O Cartola do Fluminense foi criado em 1943 pelo chargista argentino Mollas.


O primeiro mascote do Flamengo foi o marinheiro Popeye. A idéia para o mascote partiu do chargista argentino Lorenzo Mollas, que viu no Popeye a força e a persistência do Flamengo, além de sua óbvia ligação com o mar. Porém não havia ainda uma verdadeira identidade entre o mascote e o clube.

Na década de 60 as torcidas rivais, como forma de provocação, chamavam os torcedores do Flamengo de "urubus". Logicamente os torcedores rubro negros se sentiam ofendidos, afinal era essa uma forma de ridicularizar uma torcida popular, formada em sua maioria de afrodecendentes e pessoas de baixa renda.

Porém se há outra característica associada ao Flamenguista, essa é a irreverência. Só ela explica a atitude de um grupo de torcedores às vésperas do clássico entre Flamengo e Botafogo, pelo segundo turno de campeonato Carioca de 1969.
 

No domingo, o grupo levou um urubu ao estádio enrolado a uma bandeira. A intenção: Quando a equipe entrasse no gramado, soltariam a ave.

Nas arquibancadas, os torcedores do Botafogo gritavam, como sempre, que o Flamengo era time de "urubu". Então os torcedores decidiram soltá-la, mesmo antes da entrada da equipe: Meio assustada, ela faz o seu vôo sobre o gramado carregando uma bandeira rubro negra presa ao corpo, e pousa em campo pouco antes do jogo iniciar. Foi o bastante para a torcida fazer a festa, vibrar e gritar: "é urubu, é urubu!".

O Flamengo venceu o jogo por 2 a 1, a partir daí, o novo mascote consagrou-se, tomando o lugar do Popeye. O cartunista Henfil, rubro-negro, tratou de humanizá-lo em suas charges esportivas em jornais e revistas, e desde então o urubu tornou-se um mascote popular.



Por Elton Baur e Rodrigo Lopes

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